domingo, outubro 15, 2006

Health ketchup, edição nº 3

Olá olá olá caros leitores!! ;-) O tempo (em termos de horas) não tem ajudado aqui ao acto de postar, mas ao longo da semana recolhi alguns artigos que me despertaram o olho crítico e resolvi, neste domingo cinzentinho, postar no blog mais um health ketchup edição nº 3.



  1. Em primeiro lugar tenho que chamar a vossa atenção ao LEF - laboratório de estudos farmacêuticos. É verdade, já ouvimos falar deste laboratório nas aulas de tecnologia IV, mas num âmbito um pouco diferente, pois a senhora que gentilmente nos apresentou este LEF falou essencialmente nas boas práticas de laboratório. (tenho que admitir aqui que essa aula passou-me ao lado: 1º quase nem conseguia ouvir a drª; 2º os slides eram super super desinteressantes e complicados de perceber, 3º foi um dia antes da benção das fitas e foi o reboliço total para por as fitas em dia!) Deste modo, descobri que é a ANF que fundou este LEF e agora este laboratório apresenta-se com algumas renovações. Está situado em Oeiras, no Tagus Park, e é um novo edifício que respeita as GMPs. As funções do LEF?

    Neste laboratório desenvolvem-se estudos de matérias-primas de origem natural e sintética, produtos farmacêuticos de produção industrial ou manipulados e testes in vivo de comportamento de fármacos, bem como novas formulações de medicamentos.

    O LEF tem também como finalidade a criação de novas áreas, tais como os dispositivos médicos, manipulados, dermofarmácia-cosmética, suplementos alimentares e produtos homeopáticos.

    O LEF tem também, como actualização, uma área de regulamentação que contempla a criação de dossier de autorização de introdução no mercado (AIM), onde se prestam apoios neste âmbito e passando também pela análise de mercado, identificação de novas oportunidades de mercado e definição do produto. Acho o LEF uma ideia interessante, que devia ser espalhada pelo país. Talvez essa seja uma ideia futura, enquanto se desenvolve este centro de estudos (já fundado em 1993). Só tenho pena que o LEF não disponha de site online, onde possamos descobrir mais sobre o laboratório e todos os projectos em que se encontra envolvido.
  2. A notícia número dois refere-se à publicação do decreto-lei n.º 195/2006 de 03 Outubro, referente à avalição farmaco-económica prévia , que deve ser obrigatória em relação aos medicamentos escolhidos para o meio hospitalar. O riacardo já tinha falado disto aqui.
  3. Já também falei disto neste blog, mas a notícia de que vos falo desta vez relaciona a preocupação crescente pela tuberculose multi-resistente, que se torna cada vez mais alarmante, com a iniciativa da OMS, Cruz Vermelha e outras associações europeias pela criação de uma aliança para pressionar os governos Europeus para melhor combaterem a tuberculose. O problema tem sido agravado pelo a má utilização dos fármacos antituberculosos de 2ª geração que aumenta a existência de estirpes ultra-resistentes e, obviamente, uma vez associada a doentes de SIDA, o caso torna-se mais negro. O que torna esta situação ainda mais preocupante é que tem-se vindo a verificar que os casos de tuberculose ultra-resistente estão concentrados em países à periferia da Europa.
  4. Ainda como notícia a comentar, o sr. Ministro da Saúde teve a brilhante ideia de dar o seu palpite quanto a fármacos contra a dor. A sua ideia é permitir que as farmácias vendam este tipo de produto (sob a forma de injectável) como objectivo de aumentar a comparticipação do Estado. Estamos a falar dos opiáceos que, a nível hospitalar são fornecidos sob forma injectável e que têm custo zero. O objectivo do ministério da Saúde é tornar mais fácil o acesso destes fármacos aos doentes com condições semelhantes à daqueles presentes nos hospitais, disponibilizando assim de comparticipação do estado. A grande questão é que até hoje as indústrias farmacêuticas fornecem às farmácias opiáceos sob a forma sólida oral (comprimidos), ao invés de injectável. Para isto se modificar, é necessário criar uma AIM para esse produto específico.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois é o LEF o LEF!!! É tudo muito bonitinho, mas por umas horas de trabalho na criação de um base de dados queriam pagar a fantastica quantia de 2€ por hora.... Se calhar ainda andam a pagar o edificio novo! LOL

Beijoca
Xana

Anónimo disse...

E venham de lá mais uns injectáveis para abastecer a farmácia!! :)

Bjinhos*