quarta-feira, junho 25, 2008

2 anos

O linez fez 2 anos no passado dia 13 de Junho, mas os autores esqueceram-se de comemorar... :D
Quer dizer, eu esqueci-me de comemorar, que a andie estava (e está) lá longe a organizar o seu futuro e faz muito bem em guardar a sua atenção para a planificação da sua vida! :)
Cá vai uma fatia de bolo para os leitores assíduos:



E ficamos à espera de mais anos como estes!
Obrigado aos leitores!

sábado, junho 21, 2008

Fazer Dáders

O método de Dáder é um método de seguimento farmacoterapêutico, desenvolvido pelos nossos colegas espanhóis, para programas de cuidados farmacêuticos. Baseia-se numa entrevista ao doente: nessa entrevista devem-se recolher todos os dados possíveis sobre o doente, nomeadamente os seus problemas de saúde e os medicamentos que toma.
Claro está que o objectivo do trabalho é a identificação de problemas relacionados com os medicamentos (PRM), que poderão estar na origem de resultados negativos de medicamentos(RNM).

Antes de mais ter em atenção que, para os colegas que se formaram na mesma altura que eu, no ano passado mais uma reunião do grupo de Granada veio alterar as nossas definições de PRM e RNM! De certa forma, as definições foram trocadas: principalmente, as diferentes categorias de PRM anteriores, são hoje considerados RNM! Lembram-se dos PRM de tipo 1, 2 et cetera? Por exemplo, o PRM1 era o doente não fazer um medicamento que necessita, o PRM2 o fazer um med que não necessita. Agora, a partir do 3º Consenso de Granada, passam a ser RNM.

Bom, posto isto recentemente disseram-me no meu estaminé que deveria começar a aplicar o método de Dáder em doentes de internamento hospitalar. Diligentemente lá me apliquei nesta nova faceta da minha profissão e comecei a estudar o método de Dáder. Logo me deparei com uma adversidade muito grande: como fazer a entrevista ao doente, o processo-chave deste método?
Não será de certeza fácil fazer perguntas a doentes com sonda naso-gástrica, ou a doentes ventilados. Ou a doentes que de certa forma estão incapazes de falar ou de raciocinar como deve de ser. E ainda mais, perguntar ao doente que medicamentos está a fazer e pedir-lhe para os trazer (o conhecido "saquinho" dos meds) seria demente!
Por outro lado, ignorar duas classes profissionais (médicos e enfermeiros) que lidam diariamente com os doentes seria no mínimo ridículo. Eles conehecem realmente os doentes, os seus problemas de saúde e os meds que tomam. Tal como os farmacêuticos vêem todos os dias as alterações da medicação dos doentes quando validam a prescrição médica.
E avaliar o conhecimento que os doentes têm da medicação? E avaliar o grau de adesão à terapêutica? Poderia eu fazer tais perguntas a um doente, quando a nível de internamento estão lá outros profissionais que avaliam isso diariamente?

É claro que se eu aplicar regras definidas por mim mesmo para fazer seguimentos farmacoterapêuticos segundo o método de Dáder, estaria a alterá-lo profundamente. Se este método está validado, com as minha alterações careceria dessa validação, ou seja, não sei se estaria a fazer um trabalho correcto. Comparar resultados seria difícil, por simples diferenças metedológicas.

Ou seja, é preciso um método de seguimento farmacoterapêutico desenvolvido para um ambiente hospitalar. Pelo menos é a minha conclusão!

Alguém dá ideias??