sexta-feira, março 04, 2011

Ora vamos lá tirar as teias de aranha do estaminé!

O post do colega e amigo riacrdoo foi um incentivo que eu há muito *esperava*. Confesso que embora tenha continuado mais ou menos activa nisto dos blogs, não continuei activa com este estaminé. Este pontapé de (re-)arranque, foi um bom pretexto para cá voltar e deixar uma nota ou outra.

Certamente que se seguirão uns "facelifts" ao nosso cantinho, mas por enquanto queria só deixar uma nota mais farmacêutica neste blog, que afinal de contas, sempre teve o objectivo de deixar um contributo farmacêutico no panorama blogoesférico (blogger ou não) português.

O que se passa por estas paragens britânicas em termos de indústria R&D (sim, aquela a que eu aspiro/aspirava eventualmente fazer parte...) é triste. Um panorama de fecho de sites das big pharma.
No ano passado, por esta altura, a AstraZeneca anunciou o fecho do centro de investigação de Loughborough, que fica a sul de Nottingham. Ainda está em processo de fecho até ao final de este ano, e creio que muitas pessoas já sairam de lá ou para outros empregos noutras companhias, ou empregos similares dentro da AZ, num dos outros centros de investigação (Macclesfield ou Alderly Park).

Já este ano, em princípios de Fevereiro, a Pfizer anunciou o fecho do centro de R&D em Sandwich, Kent. Dizem as notícias que este centro era o maior a nível Europeu entre as big pharma e o único da Pfizer para a Europa.

Só nestes dois centros, estamos a falar de mais de 4000 funcionários (na maioria, cientistas especializados), a serem despedidos ou re-colocados noutras funções dentro da mesma empresa. Quanto à última opção, este processo normalmente inclui mudança não só de emprego mas também em termos geográficos, coisa que muitas vezes é impeditiva pois são muitos os funcionários com famílias, já a viver à muitos anos na mesma região. Logo, a maioria até prefere investir em procurar emprego na mesma região onde vive, do que se sujeitar à re-colocação. De mencionar que os esquemas de lay-off incluem planos de indemnização pré-negociados...

O que eu sei é que tenho muitos colegas já doutorados e outros prestes a defender a tese, a roer as unhas de preocupação e perguntando-se a si próprios "para onde vou a seguir ao doutoramento?".

Pelo lado académico, o David Cameron e o Nick Clegg deixaram a mensagem bem clara, através do sr. George Osborne: UK CUTS. Não há nada que escape. Incluíndo o UK Film Council (sim, isto é do ramo das artes, mas é mesmo para que vejam que isto dos cuts toca a todos!). Dinheiro para pagar investigação científica académica também diminui (cerca de 10%, dizem eles)...


Além disto, já comecei a ouvir colegas do meu ano ou até de anos posteriores a afirmar a sua solução para uma eventual dificuldade em arranjar emprego na área científica: "ah, volto para a farmácia. Uma vida simples, estável e sem grandes preocupações". Será assim?

quinta-feira, março 03, 2011

Boas ideias

Bom, parece que este blog anda cheio de teias de aranha, há tanto tempo que nada por aqui se passa...

A ver se conseguimos retomar isto e por ordem na casa!

Primeiro que tudo, uma das melhores ideias que já vi no mundo farmacêutico, pela originalidade do produto e por nos relembrar que as plantas ainda têm muito que nos ensinar.















Qutenza - capsaícina 8%

Este penso transdérmico de capsaícina a 8% (tenham em atenção o acento que recai na antepenúltima sílaba, capsaícina) contém nada mais nada menos que a principal substância química que é resposável pelo "picante" dos chilis! Está indicado no tratamento das neuropatias periféricas não diabéticas, e recomenda-se uma aplicação de 3 em 3 meses (nos casos em que a dor persistir ou reaparecer).
Funciona por activação dos receptores nociceptivos e promovendo a sua "dessensibilização" para novos estímulos durante algumas semanas.

Simples e bonito!