Para quem não se lembra, a utilização de agonistas beta-adrenérgicos em gado tem dois objectivos: por um lado o aumento da massa muscular por aumento da síntese proteica, e por outro a redução do tecido adiposo por aumento a lipólise. Deste modo é possível obter animais com maior quantidade de músculo que trariam mais lucro aos seu produtores.
Significa isto que, apesar de muita legislação aprovada quer a nível nacional quer a nível comunitário, os produtores de gado para consumo humano continuam a utilizar estes estratagemas para aumentar o seu lucro: um bom bife com bastante músculo e pouca gordura é muito mais valorizado.
Porém, não há bela sem senão: um bife proveniente de um destes animais irá certamente encolher na frigideira! E também levará à ingestão de resíduos destes fármacos: se juntarmos mais uns antibióticozinhos e uns esteróides anabolizantes, temos um belo cocktail para o jantar, quando queríamos simplesmente comer um belo bife (de preferência acompahado com umas batatas fritas carregadas de sal e com uma pitada de acrilamida).
Precisamos de mais inspecções neste país, para este problema (e para muitos outros). A ASAE anda a fazer das suas e eu até tenho apreciado o seu trabalho!
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